“Assim como a mosca morta produz mau cheiro e estraga o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a sabedoria e a honra” Ec 10:1

Tudo que estamos construindo ao longo da vida produzirá efeito. Tudo. Seja bom ou ruim teremos uma consequência.

As emoções são delicadas. Elas nos traem quando perdemos a sensatez. Sem o bom senso ficamos à mercê da necessidade, do falso urgente. Daquilo que é aparente.

Para caminharmos em segurança neste território é preciso cuidados diários e sutis. Um modo de falar, um comportamento, afiar uma arma poderosa que temos (dons, talentos). Deixarmos o nosso potencial afiado para ser usado de modo que avancemos e não retrocedamos.

Um bom perfume tem notas delicadas. Um pouco de flor, um toque amadeirado; talvez frutado. Tudo na medida. Nada em excesso, a não ser que eu queira algo em evidência.

É aqui que nos atentamos. O descontrole emocional tem o potencial de trazer para a evidência aquilo que deveria estar sob controle. Logo, as mesmas notas que constroem um bom perfume quando estão em equilíbrio, se desarranjadas, agem como a “mosca morta”.

Apodrecem o que está sendo erguido.

Destrói o edifício. Compromete o propósito.

Quero dizer que aquilo que consideramos como defeito ou fragilidade em nossa personalidade, quando submetido ao processo do Espírito, pode ainda ser usado por ele. Alguém se considera agitado em extremo e está sempre em movimento. Não para nunca. Ótimo! Quando sob controle, Deus pode usar essa incrível ferramenta para aquele que usa a lentidão e a observação excessiva em descontrole. Assim como este, auxilia aquele quando a contemplação for necessária.

A mosca morta destrói o seu esforço, sua caminhada e o testemunho de Jesus.

Nossas emoções devem ser submetidas à palavra. Nossa angústia, ansiedade, medo e covardia devem ser levados ao Senhor. Ele precisa ser o nosso guia e adestrador. Ele precisa ter acesso livre a inclinar nosso pensamento e o mover para onde ele quer.

Se ele está produzindo uma essência em nós, que seja um bom perfume.

Igara Coelho