Todo sacrifício se torna pequeno quando recebemos a recompensa. O investimento feito, o tempo de trabalho, o suor derramado, tudo fica insignificante diante do prazer do fim do caminho.

Sempre tenho essa experiência quando viajo para uma nova cidade. É desconfortável estar pela primeira vez em um lugar que não conhecemos. Apesar da expectativa, as vezes temos a dificuldade da língua, o funcionamento do transporte público, a comida, o perigo de não saber se defender. São muitos os desafios! Mas, depois que os enfrentamos, e desbravamos um novo lugar, adquirimos experiência para a próxima viagem. Dominamos mais uma cultura e aprendemos um pouco mais sobre as coisas que existem nesse mundo. Nossa mente não poderá sofrer mais com o mesmo nível de intensidade porque rompeu com um desconhecido.

Da mesma forma acontece quando estamos empenhados em um projeto. É normal sentir medo e desencorajamento. É compreensível preferir estar no lugar de sempre. Entretanto, não é proveitoso.

Nossas conquistas estão do outro lado da ponte. A ponte se chama EU. Atravessá-la, reconhecendo todas as suas mazelas, só será possível por meio do autoconhecimento. Se dedicar em submissão ao Espírito Santo para conhecer-te a ti mesmo.

1 Coríntios 2:10,11

“O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus.”

Coisas boas acontecem no meio da jornada, e algumas pessoas se satisfazem com elas. Não sei se pelo pouco que já conquistaram e é o bastante para elas ou se têm consciência que ainda precisam lutar muito, mas não estão mais dispostos a batalha.

Talvez a palavra não seja “dispostos”, mas apenas cansaram na jornada. Deus sempre providenciará um lugar para nós. O que não quer dizer que seja o nosso ponto final. Apenas seremos provados em cada estação quanto ao nosso real alvo e objetivo.

Costumamos dizer à nossa comunidade que “Deus sempre nos permitirá usar da melhor desculpa para desistir”. São aqueles momentos nos quais estamos sendo abençoados, mas temos consciência que ainda não acabou.

A igreja primitiva enfrentou um longo e escuro caminho a sua frente. Nada era certo. Não tinham um manual de instrução, não tinham vivido nada parecido antes, e o Mestre não estava com eles. Receberam um certificado de conclusão de curso e agora estavam vivendo na prática o que viram e ouviram.

Eles desbravaram, resistiram, ensinaram, escreveram, multiplicaram seus dons e deixaram um legado. A semente que eles lançaram, o seu próprio sangue, ecoa até os nossos dias como um privilégio de participar do evangelho de Cristo.

O que nós deixaríamos para a próxima geração se assumirmos um compromisso hoje com os planos de Deus para nós?

Talvez seu legado seja apenas familiar ou mundial. Quem sabe! Porém, alguém comerá desse fruto se você não desistir.

O aprendizado que inicialmente tanto nos causa desconforto, é muito agradável no final.

21/03/2024